segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SEJA VOCÊ MESMO



Nós somos o que somos. Tivemos nossa personalidade construída aos poucos.
Por nossos gostos, amigos, família, ambiente, sonhos, etc. E as pessoas gostam da gente (ou não) baseadas em quem nos tornamos.Deveríamos mudar pra agradar?


Se você não sabe a resposta é: não.

Acho muito válido quando largamos hábitos, vícios e comportamentos ruins por outra pessoa.
É muito bom ser motivado a mudar à ser melhor por alguém (“por” e não “para” alguém, note).
Assim como é bom demais saber que você é o motivo da mudança de quem você gosta.
Mas isso tem que ser natural, nunca imposto.
A vontade da mudança tem que partir de quem vai mudar, nunca exigida de quem tá de fora.
Até porque só muda de verdade quem realmente quer resultado, quem quer a mudança, não quem quer agradar.


Tem casais que impõem mudanças um sobre o outro (direta ou indiretamente).
E são coisas do dia a dia, às vezes você nem percebe.
“Você vai sair com essa roupa?” E você muda hoje, e não usa mais.
“Vai me deixar pra encontrar com as amigas?” E você não sai, e não sai mais.
“Por que você postou aquilo?” E você exclui, e não posta mais.

E assim vai indo, dia após dia de pequenas censuras e imposições passivas.
Até que você se torna totalmente diferente daquilo que já foi.
Diferente de quem você é.
Agora você era.


Às vezes a gente comete o erro de mudar o que somos por alguém.
E isso vai desde mudar pequenos comportamentos que vão se acumulando, à se anular completamente pelo outro.
Não, isso não vale à pena. Por ninguém.
Você não pode deixar se ser quem você é.
Você não pode usar máscaras.
Você não pode viver fingindo.


Bom é poder ser quem você realmente é.
Sem medos. Sem meias palavras. Sem “pisar em ovos” enquanto fala.
Quando seus gostos são respeitados. Quando sua individualidade é respeitada.
Sabendo que aquele seu jeito que atraiu no começo ainda é o que convence agora.
E que você até muda, sim, mas se você quiser, e tem o apoio do outro.


“Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo”

A primeira vez que vi essa frase foi num CD do Gabriel, O Pensador há uns 12 ou 13 anos atrás.
E desde então ela sempre martela na minha cabeça.
Ser você mesmo, quem você realmente é… mas ao mesmo tempo não ser sempre a mesma coisa.
Não parecia fazer muito sentido na época, mas faz.

Ser você mesmo é ser quem você deveria ser, quem você quer ser.
Ser o que te faz bem e feliz.


Não ser sempre o mesmo é se reinventar, é ser aberto à coisas novas.
É se descobrir, e depois se redescobrir. É aprender coisas novas, lugares novos, pessoas novas.
É, de certa forma, mudar sem deixar de ser quem você é. Muita gente tem pedido conselho sobre como agir em algumas situações de conflito. Acredito que o melhor conselho que posso dar é: seja você mesma. Mas quando achar que precisa mudar, mude! Quando sentir vontade, se reinventa.

Muda o armário. O cabelo. Os lugares.
Muda tudo!

Mas mude porque você quer.
Mude pra ser uma metamorfose.
Mude pra se reinventar.
Mude pra ser melhor.
Mas o mais importante: se for pra mudar, mude por você.

Pra você.



Mas sempre sendo você mesma.
O resto se encaixa sozinho quando você pensa em você em primeiro lugar.






Tem 27 anos e quando for pai será o mais babão do mundo. Diferente da maioria, adora falar em público. Escreve um livro há 5 anos, não quer ser mais um “escritor de coisas melosas”, e escreve aqui sobre relacionamentos como se estivesse dando conselho para amigos, porque está. (E que, pasme, agora usará mesmo o Twitter. Siga-o!)




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